
Lá estava eu: respirando alto como uma criatura indefesa, com minha estaca na mão esquerda, posicionada para atacar e na outra, o crucifixo abaixado. Aquela luta parecia ser interminável, eu já estava ficando entediada. O maldito vampiro havia desaparecido do nada e, eu estava de joelhos no chão daquele pavoroso cemitério. Um lugar essencial para uma criatura da raça dele.
O que eu estou pensando da vida fazendo esse tipo de coisa? Sou só uma adolescente querendo se encaixar numa sociedade normal, cara. Matar essas “coisas” é tedioso demais. Tenho interesses na vida, como arranjar um namorado – nem bonito, nem feio, ou seja, normal -, acabar a faculdade, casar, ter um casal de filhos e viver feliz para sempre como num conto de fadas, só que isso daqui não é um conto de fadas e a qualquer momento eu posso ser morta em uma dessas lutas. Resumindo, nunca terei uma vida normal como qualquer outra pessoa.
Eu estava enlouquecendo em meus pensamentos. Fala sério!
Limpei o suor da minha testa com o antebraço.
Foi quando ele me atacou por trás. Cai debruçada ao chão. Minhas armas voaram para longe, mas eu ainda conseguia enxergá-las. Ele continuava em cima de mim, puxando meu pescoço para junto da sua boca. Tentei recuar, entretanto, não estava conseguindo.
- E agora, lindinha? Quem está por cima, hein? – perguntou a criatura fungando no meu pescoço com um ar de superioridade.
- Só não vai ser você, “lindinho”! – afirmei sem medo.
- E o que você pretende fazer? Enfiar essa estaca no meu peito? – ele estava segurando minhas mãos ao chão, apertando minha cabeça contra a grama molhada da madrugada. – NÃO VAI SE SAFAR! NÃO VAI SE SAFAR! – gritou ao léu.
- Eu é que pergunto, amigo. E então? O que ocorrerá comigo? Você irá sugar meu sangue até a morte? – tentei sorrir, mas eu estava comendo aquela horrenda grama sem querer. – Porque eu não gosto de dor, então, se quer “chupar” meu sangue ou sei lá o quê, é melhor fazer isso rápido, porque não sou masoquista. – falei com tom de sarcasmo na voz.
- Prefiro brincar com minha refeição antes de tudo. – ele me virou.
- Ah, sou sua refeição? Bem pensado. – eu continuava com tom sarcástico na voz.
Mas ele não respondeu nada.
Eu o fitava com um certo nojo. Ele continuava segurando minhas mãos ao chão, apertando-as cada vez mais forte.
- Você é bem linda para ser uma caçadora. – sussurrou em meu ouvido. Seu hálito tão doce como o mel. Fiquei um tanto enjoada, mas era tão adorável.
Não! Eu não podia cair nas garras daquele miserável!Porém, ele era tão lindo. Olhos azuis penetrantes. Estava tonta só de olhá-los.
Eu estava hipnotizada. Caindo na ladainha de um vampiro idiota. Como pude chegar a esse ponto?
- Está preparada para passar dessa para melhor? – ele continuou surrando em meu ouvido. Senti quando beijou meu pescoço. Seus lábios não eram quentes, e sim gelados. Seu toque foi tão frio que voltei à realidade.
Abri meus olhos.
O cuspi.
Foi o tempo necessário para ele limpar seu rosto, libertar minha mão e eu finalmente o socar com muita força. Pensei que ia romper os tendões do meu punho. E, finalmente, saiu de cima de mim. Pus-me de pé rápido.
Corri até onde estavam minhas armas, peguei-as e fiquei em posição de ataque. E lá vinha ele novamente. Correndo desembestado.
Ele pulou.
E eu também.
Pulamos juntos.
Ele me segurou no ar – afinal, vampiros voam – me apertando contra seu peito rígido.
- VOCÊ VAI MORRER SEU VAMPIRO IDIOTA! – gritei olhando para o rosto dele.
- Você prevê isso? Porque eu não. – sorriu, inclinou-se e contornou meu queixo com a ponta de sua língua.
Se eu tivesse me lembrado de vomitar naquela hora, eu provavelmente teria vomitado. Sua língua era mais gelada do que seus lábios e fez com que eu tremesse dos pés a cabeça. Repugnante.
Não agüentei, eu tinha que terminar com aquela brincadeira logo, por isso, levantei minha estaca e mirei no peito dele, bem no coração – se é que aquilo tinha coração. Eu a enfiei sem dó nem piedade. Ele gritou e me jogou no chão como se eu fosse um lixo. Caí por cima do meu braço esquerdo, o que eu uso sempre para lutar – ouvi um barulho de ossos se quebrando –, acho que havia quebrado-o. Estava sentindo uma dor horrível.
- Você vai se arrepender de ter feito isso! – gritou o vampiro gemendo de dor. – Virão outros atrás de você!
- Aproveite e os diga que mandei lembranças! – respondi, pondo-me de pé, com um sorriso de satisfação no rosto, segurando meu braço esquerdo com o que estava bom. – Mas você não vai sobreviver para mandar meu recado.
- CRIANÇA IDIOTA! – exclamou o vampiro já virando cinza.
- Esse não incomodará mais. – sussurrei olhando para as cinzas.
É, aquele havia sido o último vampiro existente no Brasil, pelo menos é o que acho. Eu havia destruído todos, se bem que, ao longo da minha “carreira” eu não tinha matado muitos, era isso que ficava martelando na minha cabeça o tempo todo.
Amanhã será um dia muito complicado. Não sei qual desculpa inventarei dessa vez. Já inventei tantas que perdi a conta. Porém, dessa vez é diferente. Quebrei meu braço. Eu nunca havia me machucado tão feio desse jeito. O máximo que consegui foi um arranhão na perna, e não foi tão grave assim. Por sorte, tenho a capacidade de regeneração, ou como meu pai costuma dizer: uma recuperação rápida. E quando ele diz rápida, é porque é rápida mesmo. Não dou dois dias, e meus ferimentos já estarão sarados e eu estarei pronta para outra.
Essa noite já basta para mim. Estou ferida, com fome e com sono. Matar criaturas não é uma tarefa fácil. Preciso que papai me ajude com esse braço aqui.
Eu estava enlouquecendo em meus pensamentos. Fala sério!
Limpei o suor da minha testa com o antebraço.
Foi quando ele me atacou por trás. Cai debruçada ao chão. Minhas armas voaram para longe, mas eu ainda conseguia enxergá-las. Ele continuava em cima de mim, puxando meu pescoço para junto da sua boca. Tentei recuar, entretanto, não estava conseguindo.
- E agora, lindinha? Quem está por cima, hein? – perguntou a criatura fungando no meu pescoço com um ar de superioridade.
- Só não vai ser você, “lindinho”! – afirmei sem medo.
- E o que você pretende fazer? Enfiar essa estaca no meu peito? – ele estava segurando minhas mãos ao chão, apertando minha cabeça contra a grama molhada da madrugada. – NÃO VAI SE SAFAR! NÃO VAI SE SAFAR! – gritou ao léu.
- Eu é que pergunto, amigo. E então? O que ocorrerá comigo? Você irá sugar meu sangue até a morte? – tentei sorrir, mas eu estava comendo aquela horrenda grama sem querer. – Porque eu não gosto de dor, então, se quer “chupar” meu sangue ou sei lá o quê, é melhor fazer isso rápido, porque não sou masoquista. – falei com tom de sarcasmo na voz.
- Prefiro brincar com minha refeição antes de tudo. – ele me virou.
- Ah, sou sua refeição? Bem pensado. – eu continuava com tom sarcástico na voz.
Mas ele não respondeu nada.
Eu o fitava com um certo nojo. Ele continuava segurando minhas mãos ao chão, apertando-as cada vez mais forte.
- Você é bem linda para ser uma caçadora. – sussurrou em meu ouvido. Seu hálito tão doce como o mel. Fiquei um tanto enjoada, mas era tão adorável.
Não! Eu não podia cair nas garras daquele miserável!Porém, ele era tão lindo. Olhos azuis penetrantes. Estava tonta só de olhá-los.
Eu estava hipnotizada. Caindo na ladainha de um vampiro idiota. Como pude chegar a esse ponto?
- Está preparada para passar dessa para melhor? – ele continuou surrando em meu ouvido. Senti quando beijou meu pescoço. Seus lábios não eram quentes, e sim gelados. Seu toque foi tão frio que voltei à realidade.
Abri meus olhos.
O cuspi.
Foi o tempo necessário para ele limpar seu rosto, libertar minha mão e eu finalmente o socar com muita força. Pensei que ia romper os tendões do meu punho. E, finalmente, saiu de cima de mim. Pus-me de pé rápido.
Corri até onde estavam minhas armas, peguei-as e fiquei em posição de ataque. E lá vinha ele novamente. Correndo desembestado.
Ele pulou.
E eu também.
Pulamos juntos.
Ele me segurou no ar – afinal, vampiros voam – me apertando contra seu peito rígido.
- VOCÊ VAI MORRER SEU VAMPIRO IDIOTA! – gritei olhando para o rosto dele.
- Você prevê isso? Porque eu não. – sorriu, inclinou-se e contornou meu queixo com a ponta de sua língua.
Se eu tivesse me lembrado de vomitar naquela hora, eu provavelmente teria vomitado. Sua língua era mais gelada do que seus lábios e fez com que eu tremesse dos pés a cabeça. Repugnante.
Não agüentei, eu tinha que terminar com aquela brincadeira logo, por isso, levantei minha estaca e mirei no peito dele, bem no coração – se é que aquilo tinha coração. Eu a enfiei sem dó nem piedade. Ele gritou e me jogou no chão como se eu fosse um lixo. Caí por cima do meu braço esquerdo, o que eu uso sempre para lutar – ouvi um barulho de ossos se quebrando –, acho que havia quebrado-o. Estava sentindo uma dor horrível.
- Você vai se arrepender de ter feito isso! – gritou o vampiro gemendo de dor. – Virão outros atrás de você!
- Aproveite e os diga que mandei lembranças! – respondi, pondo-me de pé, com um sorriso de satisfação no rosto, segurando meu braço esquerdo com o que estava bom. – Mas você não vai sobreviver para mandar meu recado.
- CRIANÇA IDIOTA! – exclamou o vampiro já virando cinza.
- Esse não incomodará mais. – sussurrei olhando para as cinzas.
É, aquele havia sido o último vampiro existente no Brasil, pelo menos é o que acho. Eu havia destruído todos, se bem que, ao longo da minha “carreira” eu não tinha matado muitos, era isso que ficava martelando na minha cabeça o tempo todo.
Amanhã será um dia muito complicado. Não sei qual desculpa inventarei dessa vez. Já inventei tantas que perdi a conta. Porém, dessa vez é diferente. Quebrei meu braço. Eu nunca havia me machucado tão feio desse jeito. O máximo que consegui foi um arranhão na perna, e não foi tão grave assim. Por sorte, tenho a capacidade de regeneração, ou como meu pai costuma dizer: uma recuperação rápida. E quando ele diz rápida, é porque é rápida mesmo. Não dou dois dias, e meus ferimentos já estarão sarados e eu estarei pronta para outra.
Essa noite já basta para mim. Estou ferida, com fome e com sono. Matar criaturas não é uma tarefa fácil. Preciso que papai me ajude com esse braço aqui.
Excepcional, que criatividade em, Taysa.
Adoreeei, ficou muito bom! =D
é siimm, Esse BeBÊ!!
Amei muito, parabéns.
Você arrasa.
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