This entry was posted on quinta-feira, 15 de julho de 2010
Subi na árvore, sentei em um galho resistente e fechei meus olhos. Depois de alguns segundos ouvi passos. Mas será que eu nunca teria descanso?!
- No que está pensando, nanica? – perguntou.
Eu realmente não queria abrir meus olhos, mas tive que abri-los forçadamente. Joseph estava me observando atentamente.
- Em como me livrar de você. – olhei-o com desprezo.
- Que ótimo! Só assim ganho mais atenção! – sorriu. – Estou subindo... Espera! Posso?
- Ah, tanto faz. – encostei-me no tronco da árvore e fechei meus olhos novamente.
- Preciso te pedir uma coisa. – Joseph já estava sentado ao meu lado.
- Quê é? – abri meus olhos e cruzei os braços.
- Pode me treinar? Quero te ajudar nessas missões malucas! – seus olhos brilhavam de tanta excitação.
Fiquei séria e olhei para o lado.
- Não. – respondi secamente e voltei meu olhar para o seu. – Você tem noção do quanto isso é perigoso? Não viu o que aconteceu ontem? Por pouco você não morreu. – arranquei uma folha da árvore. – É arriscado demais. Você não sabe o que pediu.
- Está se preocupando comigo, nanica? – fingiu-se de surpreso e sorriu.
- Claro que não! – exaltei-me e corei. – Eu não treinaria qualquer outra pessoa. Além do que, esse “trabalho” é passado de geração a geração. Você é frágil e indefeso.
- Ah, por favor. – Joseph juntou suas mãos e fez olhar de pidão.
- JÁ DISSE QUE NÃO! – desci da árvore somente com um pulo.
Joseph fez o mesmo.
Comecei a caminhar e ele me seguiu.
- Eu lhe protejo se for preciso, Frankie!
Joseph começara a apelar. Mas que saco!
- Não. Você está errado. – virei para poder olhá-lo melhor. – Sou eu quem iria lhe proteger. Faça-me o favor, cara! Mas que idéia maluca! – levantei minhas mãos. – Você pode ter uma musculatura boa, mas não é totalmente forte. Não iria agüentar...
Joseph aproximou-se de mim, olhou-me com aqueles olhos verdes-azuis e ajoelhou-se aos meus pés. Que idiota! Não acredito que ele fez isso!
- Por favorzinho. – segurou minhas mãos.
- MEU DEUS! MAS O QUÊ VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! – afastei-me dele subitamente.
- Ué, tentando algo diferente para ver se eu consigo alguma coisa. – deu de ombros e pôs-se de pé. – E amoleço esse seu coração de pedra. – coçou o queixo, despreocupado.
- Coração de pedra? CORAÇÃO DE PEDRA?! – repeti a mesma pergunta, com a raiva surgindo. – Quem é você para me dizer que eu tenho coração de pedra?! – dei um passo longo até ele e cutuquei seu ombro com força.
Hmm, Joseph era alto. Eu tinha que ficar de cabeça erguida o tempo todo para falar com ele. Era embaraçoso.
- Tudo bem, nanica. – cruzou os braços. – Então vou pedir a Stéph. – levantou as sobrancelhas e fez olhar de zombador.
Minha boca ficou em formato de “O”.
- Ora, seu... NÃO OUSE FAZER ISSO! – gritei. – Você nem a conhece, Joseph! Ela quase matou você ontem!
- Ah, é? Duvida?
- Duvido. D-U-V-I-D-O! – repeti.
- Pois bem. – Joseph virou as costas para mim e começou a caminhar rapidamente.
Ele começara a ficar distante de mim, porque fiquei parada, sem ação. Eu tinha que fazer algo, INFELIZMENTE eu tinha que fazer algo. Então, comecei a andar. Mais rápido depois. Aí, comecei a correr. Quando estava bem perto dele, pulei em suas costas e o derrubei.
Consegui, há-há.
- O que está fazendo, sua maluca? – perguntou, com o rosto sendo pressionado contra o chão.
- Impedindo você de fazer uma besteira. – falei com satisfação.
Mas algo inesperado aconteceu. Em fração de segundos, eu quem estava fazendo-o comer grama, porém, nem percebi quando ele me tirou de suas costas e prendeu minhas mãos no chão com as suas. Era ele quem estava por cima agora.
- Quer, por favor, sair de cima de mim! – mandei, ao contrário de pedir. – Você é pesado, sabia?
- Não é legal atacar as pessoas pelas costas. – o rosto dele estava bem próximo do meu.
- Já me disseram isso, pode acreditar. Mas e daí?
- E daí que algumas pessoas podem revidar. – deu um sorriso maroto.
- Ah, cale a boca, garoto. – desviei o meu olhar do dele.
- Pare de mandar no que devo fazer! – gritou, pressionou seus lábios nos meus e saiu de cima de mim.
Fiquei deitada no chão. Imóvel. Olhei para o lado e percebi o que havia ocorrido. Levantei-me com pressa. Fitei-o com ódio.
- IDIOOOOOTA! – gritei e soquei-o no rosto.
Joseph fechou os olhos após o soco e acariciou o rosto, mas sorriu. Então, abriu seus belos olhos novamente.
Corei, dei-lhe as costas e saí sem olhar para trás. Com os punhos cerrados.
***
Eu estava sentada em um balanço preso a uma árvore do jardim da escola. As aulas do dia haviam acabado, e quando dei por mim, estava cochilando, entretanto, sempre havia alguém para estragar minha “felicidade”. Se bem que, por uma parte, foi bom ter me acordado, porque minhas costas estavam começando a doer.
- Frankie, ô Frankie... – a voz de Sam estava perdida em meus pensamentos. – Frankie, acorda, por favor! – senti-o cutucar meu braço.
- Quê é? – gemi, mas continuei de olhos fechados.
- Precisamos conversar, garota.
- Sobre...?
- O que aconteceu ontem.
Abri um olho e fitei Sam.
- Não quero falar sobre isso. – fechei-o novamente. – Espera aí... Como você sabe sobre o que aconteceu ontem? – perguntei calmamente.
- Joseph me contou tudo! – cutucou minha cabeça. – Eu não acreditei a princípio, mas então associei as mortes que vêm ocorrendo ultimamente, então acabei meio que...
Que garotinho irritante! Abri meus olhos.
– Faça-me o favor! Eu quero matar aquele garoto! – comecei a me balançar, irritada, sem ligar para o que Sam havia dito.
- Calma. Você sabe que ele não fez por mal. Joseph só quer te ajudar, Frank.
- E daí? Já tenho ajuda de Stéph, que eu nem pedi para ter. Não preciso da ajuda dele. Joseph só irá atrapalhar.
- Por falar nela... Você ainda não a apresentou para mim. – olhou-me feito um cobrador.
- E nem vou! Você que se apresente! – parei o balanço e levantei. – Vou para casa.
- Ele gosta de você, Frankie. – disse, sem ligar para o que eu iria dizer.
Abaixei minha cabeça. Eu não queria que Joseph gostasse de mim.
- Só quer se aproximar de você, só não sabe como, porque sempre faz burrice e vocês dois acabam brigando em seguida... – continuou.
- Sam... Pare com isso, tá? Você não irá mudar minha escolha contando mentiras. Então, por favor, pare com isso. – falei, ainda com a cabeça abaixada.
- Mas...
- Já chega! – peguei minha mochila que eu deixara no chão e comecei a caminhar para fora do jardim.
Seja lá o que estivesse acontecendo, eu não queria que nada mudasse, principalmente a “inimizade” que Joseph e eu tínhamos.
- Frankie! Ouça-me. – a voz de Sam virara um sopro, eu não queria ouvi-lo.
Eu já sabia de cor o caminho de volta para casa, por isso preferi ir caminhando. Eu não queria ouvir ninguém, só o som do vento e as árvores balançando dos meus lados. Pus uma mão num dos bolsos da calça e olhei o céu, mas não parei de caminhar, então tombei em uma pessoa e caí sentada.
- Droga! – não quis ver quem era, mas eu queria xingá-la.
- Vem cá, anã. Não olha por onde anda, não? – perguntou Stéph, estendendo o braço para que eu pegasse-o.
Aceitei a gentileza e levantei. Não respondi sua pergunta, eu não estava a fim de conversar.
- Você anda meio que esquisita desde antes de ontem, sabia? Foi por que eu quase matei seu namorado? Olha só, eu não sabia que ele era humano, se eu soubesse, não teria feito aquilo, mas você sabe que ele fez besteira ao ter nos perseguido.
Stéph estava falando demais. Prefiro o mau humor dela, pelo menos não fala tanto.
- Ele não é meu namorado, é só um intrometido pedindo por uma surra. Realmente não sei como ele conseguiu nos alcançar. Estávamos numa velocidade que talvez nem o carro da Lucy conseguisse nos acompanhar. – falei. – Mas o que você está fazendo aqui? – olhei-a e suspirei profundamente.
Tédio.
- Ah, não é seu namorado? Hm, bom saber... Posso ficar com ele? – perguntou.
Acho que minha expressão respondeu sua pergunta, porque ela começou a gargalhar.
- Tudo bem, garota. Foi só uma brincadeira. Os loiros não fazem o meu tipo. – parou de rir e olhou as unhas enormes. – Bem, ao contrário de você, saí do colégio assim que tocou para irmos embora. Francamente, não entendo o motivo de querer ficar por ali até mais tarde... Enfim, então resolvi vir dar umas voltinhas por aqui... Vê se “a barra tá limpa”. – fez aspas com os dedos no ar. – Quando acabei minha monitoria, pulei de árvore em árvore até que vi você feito uma boba olhando para o céu e o resto da história você já sabe. – jogou o longo cabelo loiro para trás e fechou o zíper do moletom. – É melhor irmos para casa. Está ficando frio por aqui. – Stéph começou a caminhar pacientemente.
Segui-a calada.
- Frankie, o que está te preocupando? – perguntou finalmente, sem tirar a vista da estrada.
Não respondi.
- Anda! Não adianta esconder nada de mim. Em determinado tempo irei descobrir mesmo... É o loiro, não é? Mas que pergunta a minha! É claro que é! – deu um largo sorriso para mim.
É incrível como as pessoas mudam. Tive que responder, eu não tinha saída, tinha?
- Digamos que sim. Joseph pediu para que eu treinasse-o, só que eu recusei seu pedido, porque é arriscado demais. Se é para nós, que já somos fortes, imagine para um cara indefeso com ele. – disse eu.
- Desculpe, mas esse Joseph aí não parece ser tão fraco como você imagina. Ele nem se machucou com o soco que dei em sua barriga que o fez voar. Mas você tem razão quando diz que é arriscado, porque essas criaturas são muito fortes e só nós, caçadores, podemos derrotá-las. Então essa idéia do seu namorado, digo, de Joseph, não é favorável. – fez uma pequena pausa e continuou. – Ainda mais porque você gosta dele e não quer vê-lo morrer. – pigarreou e prendeu um risinho.
- Eu não gosto dele... – fechei a cara. – Só não quero ver mais ninguém morrer...
- E você engana a quem com esse argumento, garota? Está escrito na sua testa: “Eu gosto de Joseph, e aí?” – apontou minha testa.
- Não irei nem comentar isso que você acabou de dizer. – cruzei os braços.
- O silêncio é a melhor resposta. – sorriu novamente. – Ou talvez não...
E continuamos caminhando em silêncio até chegar à mansão.
***
Você não vai acreditar. Em apenas um dia fui persuadida por Lucy e recebi uma notícia ÓTIMA – para não dizer o contrário. Como eu pude ter concordado com isso? Definitivamente, sou maluca. Não acredito que aceitei treinar Joseph. Não acredito mesmo. Prometi a mim mesma que nunca treinaria ninguém, e agora, cá estou eu, prestes a ensinar Joseph a como enfiar uma estaca no coração de um vampiro. Que piada!
Joseph estava sentadinho no chão com as pernas cruzadas, feito uma criança, olhando-me atenciosamente enquanto eu andava de um lado para o outro.
- Olhe aqui, cara. Só vou fazer isso, porque Lucy me pediu e ela já vinha treinando você antes. Como ela pôde fazer isso? – olhei-o, com vontade de pular em seu pescoço. – Ainda mais comigo. Não mereço esse tipo de coisa de jeito nenhum. – choraminguei.
- Lucy só me ensinou a teoria e não a prática. Ela disse que eu podia contar com a sua gentileza. - Joseph continuava me olhando, então, começou a sorrir para mim.
- Do que você está rindo? – parei de andar de um lado para o outro e cheguei mais perto dele, curvando-me. – E desde quando você e Lucy são amiguinhos, hein? Andavam tramando coisas às minhas costas e eu nem sabia! E ela nem me contou qual o motivo de lhe transformar num caçador! Que...
- De como você fica linda quando está brava, nanica. – interrompeu-me e deu um peteleco suave em meu nariz.
Corei.
- Levante-se, Joseph. – mandei, recompondo-me.
- O quê?
- Levante-se, seu loiro irritante! – aumentei o tom da minha voz.
- Tá, tá. Já estou levantando. Calma... – Joseph levantara as mãos.
Dei às costas para ele. Eu estava muito estressada. Tentei contar até dez. “Um, dois, três, quatro, cinco, seis...” O quê?! Senti um fungado em meu pescoço.
- E aí? Vai me ensinar algo agora? – Joseph pôs uma de suas mãos em meu ombro.
Virei meu corpo para ele. Meu nariz estava quase encostado no seu peito. Senti o seu perfume. Joseph tinha cheiro de grama molhada misturado com alfazema. Fiquei completamente tonta.
- Que foi? – ele baixou a vista para a minha direção e sorriu gentilmente.
Por um momento... Por um momento... Ele estava tão perto de mim... Foi aí que Joseph segurou meus ombros e aproximou seu rosto do meu. Eu já estava fechando meus olhos quando ele começou a me... Chacoalhar do nada!
- Frankie! Frankie! – Joseph continuava me chacoalhando. – O quê houve?! Acorde!
Olhei-o ainda hipnotizada por causa do seu perfume. Sua voz era uma falha em meus pensamentos, mas depois comecei a ouvi-lo com mais clareza. Voltei à realidade depressa. Arregalei meus olhos para ele e vi que seu rosto estava bem próximo do meu. Não pensei duas vezes. Soquei-o sem limitar minha força. Ele saiu girando no chão.
Eu já estava me acostumando com a idéia de bater em Joseph sempre. Exagero meu? Talvez.
- O que você pensa que estava fazendo? – levantei meu punho na sua direção.
Joseph estava estirado no chão, com o nariz sangrando. Então, sua raiva começou a surgir.
- Por que você me socou? – perguntou baixinho, apoiando-se no braço esquerdo.
- Porque você estava tentando fazer algo, que eu sei! – exclamei, apontando para ele.
Joseph começou a levantar repentinamente. Quando dei por mim, ele já estava de pé, limpando o sangue de seu nariz na manga do moletom.
- Sua boba! – resmungou para si, mas eu ouvi. – Eu estava tentando lhe “acordar”, porque você estava agindo de forma estranha. – começou a se aproximar de mim com passos longos. – Você deveria me agradecer, mas o que eu recebo em troco são só socos!
Quando me dei conta, ele já estava a um passo de mim.
- Não se aproxime! – falei, dando um passo para trás.
E ele dando um passo para frente. Seu cabelo esvoaçava, deixando-o com charme. Meus pés se prenderam ao chão. Realmente não sei o que houve. Mais um passo à frente Joseph deu e seu peito, mais uma vez, estava quase tocando o meu nariz.
- Seu... – tentei socá-lo, mas ele segurou minha mão fechada.
Eu não estava com força. Levantei meu outro punho e ele o segurou também.
- Não se atreva, Joseph. – falei, com a respiração alterada.
Joseph prendeu minhas mãos às minhas costas com as suas. Seu corpo já estava tocando o meu e meu coração disparou loucamente. Aproximou sua boca da minha e tocou meus lábios rapidamente com os seus, mas que, ao mesmo tempo, fizesse-me enlouquecer. Ele olhou para mim e sorriu mostrando todos os seus dentes. Soltou minhas mãos, virou às costas para mim e começou a andar como se nada tivesse acontecido.
- Não se esqueça do meu treino amanhã, nanica. – falou sem olhar para trás e levantou uma das mãos. – Você não está em condições de ser professora hoje.
E eu não fiz nada. Só fiquei parada em meu lugar, olhando-o ir embora. Quando o vi desaparecer, toquei meus lábios com as pontas dos dedos e sorri com o canto da boca.
***
- Frankie, quem é esse cara que está acompanhando o seu namorado?! E por que o seu namorado está aqui? Ele não está totalmente pronto! – Stéph perguntou sem desviar os olhos do lobisomem.
- Eu não sei o que esses idiotas estão fazendo aqui e pare de repetir que Joseph é meu namorado! – respondi, olhando-os.
- Sam! Você está vendo o mesmo que eu? – Joseph dirigiu a palavra para Sam, ignorando meu comentário. A euforia transbordava de seus olhos. – Que incrível!
- Não é tão incrível quando ele arranca suas tripas e faz picadinho de você! – aproximei-me de Joseph. – Você está maluco? Isso aqui é perigoso, cara! – apontei para o lobisomem. – Faz idéia do quanto?
- Eu quis vir ajudar! – levantou os braços.
- Cale a boca! – olhei o lobisomem. – Você só irá atrapalhar!
- Eu também vim ajudar vocês. – Sam olhou Stéph. – Oi, tudo bem? – acenou e sorriu.
- Frankie, quando eu matar aquele lobisomem, em seguida, eu juro que mato você! – ignorou totalmente Sam e ameaçou-me.
- Ah, que se dane, droga! – dei de ombros e fiquei irritada.
Em seguida, puxei o punhal que estava preso à minha coxa, corri e fui de encontro ao lobisomem. Pulei alto, joguei o punhal em sua perna e o lobisomem caiu de joelhos, e ao mesmo tempo, saquei minha arma e puxei o gatilho. A bala de prata acertou em cheio seu coração. Segundos depois, o cara estava estirado no chão. Morto. Aproximei-me do corpo.
- A cada dia vocês estão dando mais trabalho. – sussurrei, olhando para o corpo e o garoto virou cinzas.
Andei até onde estavam os outros. Olhei para Joseph.
- E aí? Ajudou em algo? – perguntei friamente, enquanto guardava minha arma na mochila e prendi o punhal à coxa.
- Poxa, Frankie! Eu iria derrotá-lo! – queixou-se Stéph.
- Ah, não se preocupe. Haverá outras chances. – Sam respondeu por mim. – A propósito, meu nome é Sam. – sorriu empolgado e estendeu a mão.
- Stéph. – apertou sem interesse.
- Olha só, que tal a gente sair um dia desses... – Sam passou a mão pelo cabelo cacheado, fazendo charme.
- Não, obrigada. – respondeu secamente e olhou-me. – Eu não sabia que você usava uma arma.
- É porque desde que estamos trabalhando juntas não havia aparecido um lobisomem até então e bem, Lucy me deu essa arma há pouco tempo. – meu cabelo estava preso, então o soltei.
Ficamos em silêncio durante alguns segundos. A rua em que estávamos parecia vazia, escura e fria. Tremi e Stéph interrompeu o silêncio.
- Ok, garotos. Como vocês conseguiram nos perseguir? – Stéph cruzou os braços.
- Não é difícil perseguir vocês quando se tem um meio de transporte, sabe. – disse Joseph, olhando Stéph.
- Interessante. – levantou uma sobrancelha. – Então quer dizer que vocês andam nos espionando? – aproximou-se de Joseph e cutucou seu peito com o dedo indicador.
- Não exatamente. Lucy me avisou. – sorriu. – Resolvi trazer o Sam para ele ver como vocês agem. – apontou para Sam com o polegar sem desviar os olhos de Stéph.
Por que eles estavam conversando daquele jeito?
Tossi alto.
- Com licença, amiguinhos. – aproximei-me dos três e cruzei as mãos. – Mas Stéph e eu precisamos ir agora. – dei um sorriso falso e puxei Stéph pela mão.
E Joseph puxou-me pelo cotovelo.
- Vocês não querem uma carona? Viemos no jipe do Sam, então...
- Não, obrigada. Preferimos ir correndo. – olhei para sua mão em meu braço e olhei Joseph.
Ele soltou meu cotovelo cautelosamente. Demos às costas para os garotos sem nos despedir e saímos correndo pelo breu da noite.
Caramba, a Frankie é mó malvada! Awn, quero ler o resto logo.
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